Produção caseira de adubo orgânico está em alta

O que você faz com as cascas de frutas e legumes que saem da sua cozinha? Joga no lixo? Já pensou que elas e outros restos de alimentos podem continuar servindo como fonte de nutrientes, pelo menos para suas plantas? Pois cresce o número de pessoas que estão produzindo adubo através da compostagem, processo de reciclagem de produtos orgânicos que pode ser feito em casa. Sem ocupar muito espaço ou gastar muitos recursos.

O processo, além de reduzir o lixo enviado a aterros sanitários, ainda tem grande efeito no solo que sofre menos com a erosão, passa a reter melhor a umidade e ainda ganha um fertilizante natural a custo praticamente zero. E são muitos os produtos que podem ir para a composteira: cascas de legumes, frutas e ovo, pó de café (inclusive com o filtro), saquinhos de chá, restos de vegetais crus, folhas secas retiradas do jardim, aparas de grama, palha e até guardanapos de papel.

Cada quilo de produto orgânico rende cerca de 100 gramas de composto. E, ao contrário do que muita gente pensa, o processo não gera qualquer odor desagradável. Se isso acontecer, é porque o manejo não está sendo feito da forma correta.

Há três técnicas mais utilizadas para se fazer a compostagem: 1) as pilhas feitas diretamente na terra para quem tem uma grande área disponível; 2) as caixas de madeira para quem tem um quintal ou pequeno jardim; e 3) os kits plásticos com minhocário que podem ser colocados em qualquer cantinho do apartamento.

O processo é sempre o mesmo: fazer pilhas de material orgânico sempre intercalando camadas ricas em carbono (encontrado nos restos de jardim), com camadas ricas em nitrogênio (presente no lixo de sua cozinha). É preciso manter uma proporção entre eles: camadas de 30 centímetros para o carbono e de cinco para o nitrogênio e sempre finalizar com folhas secas por cima, de preferência trituradas, o que facilita o trabalho dos microorganismos. De dois a quatro meses, o adubo estará pronto para ser usado no jardim, horta e até em pequenos vasos mantidos em casa.

“Só é preciso tomar o cuidado de monitorar o composto a cada 15 dias. Para ficar bom, ele precisa ser remexido de tempos em tempos para que o ar entre e ajude na decomposição biológica do material. O composto não pode ficar sem oxigênio e a umidade também é importante”, destaca a engenheira agrônoma Daniela Infante.

Na vermicompostagem, que pode ser feita em casa num kit que vem com três caixas plásticas e um minhocário (isso mesmo, há minhocas envolvidas no processo), não é preciso ter a preocupação de aerar o composto. As minhocas se encarregam disso. Nesse caso, o material orgânico é jogado (sempre respeitando a ordem das camadas) nas duas caixas chamadas digestoras, onde as minhocas ajudam a decompor o material.

Na última caixa, que tem uma torneirinha, é depositado o chorume, líquido que sobra da decomposição e pode também ser usado como adubo. Mas não é preciso se preocupar. As caixas são resistentes e ficam bem vedadas. Portanto, não há riscos do chorume vazar ou das minhocas saírem passeando pelo apartamento.

“O produto final do vermicomposto, ou húmus de minhoca, é semelhante ao pó de café e quando pronto pode ser usado como alimento para qualquer planta. Assim fechamos um ciclo, imitando a natureza”, diz a arquiteta Tatjana Lorenz, do Instituto Tibá de bioarquitetura, que mantém uma composteira com minhocário em sua sede em Bom Jardim, na Serra.

Fonte: Zap Imóveis

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