Estabilidade econômica incentiva brasileiros a comprar imóveis por consórcio
Extra
O aquecimento do mercado imobiliário e o bom desempenho econômico do país, que aumenta a confiança dos brasileiros para consumir e adquirir bens a longo prazo, têm levado muitas pessoas a optarem pelos consórcios de imóveis para realizar o sonho da casa própria, atraídas pelas prestações mais baixas.
Em 2011, o valor gasto na modalidade teve o segundo maior aumento entre os demais segmentos de consórcios, de acordo com dados da Associação Brasileira de Administradoras de Consórcios (Abac). O tíquete médio — que equivale ao valor médio das cartas de crédito concedidas — subiu de R$ 94,9 mil em 2010 para R$ 106,1 mil (11,8%), no ano passado.
— O consórcio só não é a melhor opção para quem tem dinheiro para comprar um imóvel à vista ou precisa dele com urgência. Fora isso, não tem juros, as prestações são mais baixas do que as de financiamentos e, o mais importante, permite o uso do FGTS — explica o presidente regional da Abac, João Pedro Salomão.
Ao adquirir uma cota, o consorciado passa a fazer parte de um grupo, no qual cada integrante paga prestações mensais, calculadas de acordo com o valor total do crédito contratado, mais taxa de administração, fundo de reserva e seguro.
A cada mês, alguns participantes do grupo são contemplados, por sorteio ou por antecipação, a partir de lances. Os clientes recebem uma carta de crédito, que permite compra de imóveis ou terrenos, construção ou reforma e quitação de imóveis já financiados.
Busque informações sobre a modalidade
Antes de optar por um consórcio, assim como em qualquer outra negociação para a compra de um imóvel, é importante conhecer bem o sistema e tomar alguns cuidados, para evitar transtornos. Coordenador do Procon-RJ, Cacau de Brito dá algumas recomendações:
— Em primeiro lugar, é fundamental verificar se a empresa a ser contratada tem autorização do Banco Central para atuar. O interessado também deve avaliar se sua condição financeira permite quitar o consórcio, já que é um investimento longo, que pode durar mais de dez anos.
Caso o cliente não tenha condições de continuar pagando ou desista da modalidade, a devolução do valor das parcelas pagas só é feita após o término do grupo do qual ele participa. Em caso de atrasos no pagamento das parcelas, a multa não pode ser superior a 2% e os juros de mora não podem ultrapassar 1% ao mês.
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