Mão de obra carcerária produz tijolos ecológicos em construções do PAC
SecoviRio
Os tijolos usados na construção de casas populares do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) são produzidos na Fábrica de Tijolos do Presídio Industrial Esmeraldino Bandeira, instalado dentro do Complexo Penitenciário de Gericinó, na Zona Oeste do Rio. Produzidos pela mão de obra de 10 internos que cumprem pena em regime fechado, os tijolos ecológicos são considerados especiais porque o formato de encaixe dispensa o uso de cimento na construção.
A Fundação Santa Cabrini, órgão da Secretaria de Administração Penitenciária, é responsável pela gestão do trabalho realizado pelos internos do sistema penitenciário do Estado. Segundo o presidente do órgão, Jaime Melo, a Fábrica de Tijolos prepara os presos para concorrer no mercado de trabalho.
Inaugurada há seis anos, com custo de aproximadamente R$ 1 milhão, a fábrica produz 50 mil tijolos por mês. Trabalhando segundo as normas de segurança e carga horária estabelecidas pelo Ministério do Trabalho, os detentos utilizam uniformes, óculos, luvas, capacetes, botas, entre outros acessórios. Todos são remunerados com um salário mínimo. Até o momento, cerca de 250 internos foram capacitados.
Os tijolos ecológicos são feitos de barro, pó de pedra e 10% de cimento, ou seja, 85% da mistura são constituídas por solo natural. Eles não são levados ao forno, e sim curados no tempo, dispensando o consumo de energia poluente.
Além das obras do PAC, os tijolos ecológicos serviram de base para a construção de quiosques do Detran, da parte administrativa do Porto Açu, em São João da Barra, de escolas municipais e estaduais, além, da reforma da sede da Fundação Santa Cabrini.
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