Cedae encontra gato em casas do programa ‘Minha casa, minha vida’

Extra

Após anos de brigas e confusões em família, Graziela de Moura, de 26 anos, conseguiu unir o útil ao agradável e comprar o primeiro imóvel. O Habite-se mostrava o aval da Prefeitura de Nova Iguaçu. A liberação do financiamento pela Caixa Econômica Federal, no âmbito do programa habitacional “Minha casa, minha vida”, garantia que o bem não somente estava dentro da lei, como seguia os padrões de exigência do Ministério das Cidades. Mas nem a instituição financeira nem os órgãos municipal e federal identificaram a irregularidade por baixo da residência: um gato de água que vinha desde os tempos da construção.

O problema nas unidades construídas na Rua Joaquim da Silva Maia, na divisa entre os bairros de Cabuçu e Valverde, em Nova Iguaçu, foi flagrado pela Cedae e constatado pelo EXTRA. Sem saber do gato e da necessidade de pedir um medidor de água para a prestadora de serviço, Graziela morava há um mês e meio em desacordo com a lei.

— Fiquei surpresa ao saber de tudo isso. Não sabia que tinha que pedir o serviço para a Cedae. Meu abastecimento de água era normal e, como estamos aqui há pouco tempo, ainda não tínhamos recebido muitas contas. Nem passava pela minha cabeça que eu poderia estar fazendo algo fora da lei — afirmou a contadora que, como muitos, pensava que as autorizações da Prefeitura de Nova Iguaçu e da Caixa eram suficientes para garantir a idoneidade da transação:

— A gente entende que, comprando pela Caixa, com a autorização da prefeitura, está tudo certo. Mas, pelo visto, é um engano!

O gato de água não foi constatado apenas nos imóveis da Rua Joaquim da Silva Maia. Na Avenida Abílio Augusto Tavora, outras nove casas estão sendo levantadas pelo mesmo construtor e, de acordo com a Cedae, também não contam com abastecimento legal de água. Identificando-se apenas como Felipe, o construtor afirmou que não precisava pedir uma autorização à prestadora de serviço para utilizar a água: o morador é quem deveria fazer isso. Mas, segundo a Cedae, não é bem assim.

— A autorização para utilizar a água vem do início da construção. Depois, o morador precisa pedir o hidrômetro para que possamos cobrar a água usada. É uma bandidagem do construtor — acusa o presidente da Cedae, Wagner Victer.

A Prefeitura de Nova Iguaçu e a Caixa informaram que enviaram engenheiros para vistoriar os imóveis antes de conceder o Habite-se e o financiamento, respectivamente. De acordo com ambas, a responsabilidade dos profissionais era avaliar as condições de habitabilidade, com a garantia de fornecimento adequado de água e luz, além da rede de esgoto.

[ssba-buttons]

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Sobre Nós

A Quality House atua há mais de 30 anos no mercado imobiliário. Fundada em 1993, a jovem e inovadora empresa sempre se destacou pela implantação de novos conceitos, que a transformaram em uma referência de sucesso no segmento.
facebook

Agenda

agosto 2011
D S T Q Q S S
 123456
78910111213
14151617181920
21222324252627
28293031  

Receba nosso informativo gratuitamente