Compactos garantem maior retorno financeiro
Quem tem imóveis menores tipo quitinete e conjugado consegue maior rentabilidade na hora de alugar ou vender. Levantamento do Sindicato da Habitação (Secovi Rio) revela que o percentual de valorização dos mais compactos, varia de 0,32% a 0,42% contra 0,29%a 0,40% das unidades de dois quartos.
A pesquisa foi feita em sete bairros Botafogo, Catete, Centro, Copacabana, Flamengo, Ipanema, Laranjeiras. Segundo o Secovi Rio, essas regiões são as que mais contam com quitinetes e conjugados.
Botafogo é o que apresenta a melhor rentabilidade, 0,42%, nesse tipo de unidades. Já nos apartamentos de dois quartos, o Centro é o destaque, com 0,40%. Outro dado interessante se refere a Laranjeiras. O aluguel de quitinete custa R$48,21 o metro quadrado ante R$ 33,78 do de dois quartos, ou seja, diferença de 42,7%, de acordo com o Sindicato da Habitação.
Já na venda, o destaque fica no Flamengo, com R$ 15.229 contra R$ 11.415, respectivamente: diferença de 33,4%. Segundo o vice-presidente do Secovi-Rio, Leonardo Schneider, quanto menor o imóvel, maior será a rentabilidade.
“A unidade mais compacta tem mais liquidez. É melhor ter 10 quitinetes para alugar do que um imóvel de quatro quartos. Neste caso, dependendo da localização e do estado, o retorno do aluguel pode ser entre 0,6% e 0,7% do valor do imóvel mensalmente”, explica.
Ele ressalta que na hora da venda, por exemplo, o metro quadrado do quitinete é maior do que as unidades de três quartos. “No Centro, as unidades de dois quartos são as mais valiosas, pois há pouca concorrência e muita gente interessada em alugar. E essa região passou por revitalização e, consequentemente, tem ótima valorização”, ressalta Schneider.
O vice-presidente de uma administradora de imóveis, Alexandre Parente, afirma que a procura por imóveis menores é muito grande. Ele destaca que o número de unidades de um quarto ainda é pequena diante da demanda.
“Quem pensa que vai comprar imóvel maior para ter aluguel mais rentável se engana. Terá percentual em torno de 0,4%. Neste caso, é melhor aplicar na poupança, que rende 0,6%”, diz Parente. De acordo com ele, as pessoas adiam a compra do imóvel e indo para o aluguel, e, ainda têm as que compraram para lucrar na hora da venda, mas não conseguem comercializar e então colocam as unidades para alugar para se livrar de encargos como IPTU e condomínio.
Os dois especialistas orientam que os proprietários devem deixar os imóveis em bom estado de conservação para venda ou locação. O preço também deve estar de acordo com o mercado. Com a concorrência acirrada, sai na frente quem está com a unidade para entrar e morar.
Reformados têm locação garantida
O arquiteto Marcelo Córes aproveitou a profissão que exerce para aumentar ainda mais o patrimônio e garantir renda extra. O profissional investiu em dois apartamentos na Cinelândia de um e dois quartos. Ele conta que reformou os imóveis em três meses e colocou para alugar.
“Comprei os imóveis abaixo do preço por serem antigos. O de um quarto paguei 15% abaixo do preço de mercado. Já o de dois dormitórios, o valor estava 30% menor. Estou surpreso com retorno da locação”, relata.
Ele diz que colocou os imóveis em site mundial de locação e tem recebido turistas de lazer e de negócios. Em julho, dispensou 20 clientes. “Realmente acertei nos imóveis e na localização”, diz Córes.