Entenda quando a quitação do financiamento é um bom negócio

A despesa fixa mensal de R$ 1.500, relativa a um financiamento imobiliário, pesava no orçamento da publicitária Camila Fiorri. Depois de conseguir poupar por um tempo, ela acumulou o montante final da dívida e resolveu quitar o tal financiamento, previsto para ter fim em cinco anos. “Não tive qualquer desconto pagando antes do previsto, mas o banco não cobrou os juros futuros e eu me livrei da prestação. Ao final das contas, ficou elas por elas. Eu achei que deveria quitar”, relembra.

A decisão de Camila passa pela cabeça de muita gente que financia um imóvel. Devo ou não quitar? Mas é preciso levar em consideração alguns pontos importantes. “É  aconselhável que o cliente pense que o crédito imobiliário tem taxas mais baixas na comparação com outras linhas de crédito. Assim, se usar sua poupança para liquidar o contrato e posteriormente precisar de crédito, provavelmente pagará juros mais altos do que do financiamento habitacional”, diz o gerente regional da Caixa, Gilson Souza dos Anjos.

A diretora de crédito imobiliário do Itaú Unibanco, Cristiane Magalhães, explica que quitar um imóvel pode reduzir a despesa mensal com a parcela do financiamento. Por outro lado, a opção de não amortizar permite investir esse dinheiro em outras projetos  de vida, ou mesmo investimentos, preservando a liquidez que sempre tem valor. “A decisão de amortizar ou não um financiamento imobiliário depende do momento do contrato em si e da avaliação pessoal do benefício de cada opção”.

Vale checar o chamado “CET”, o Custo Efetivo Total. Trata-se de um valor que representa a soma dos custos cobrados na contratação do financiamento. Entre esses custos estão a taxa de juros, tributo (IOF), tarifa (TAC) e registros (despesas cartorárias e pagamento de serviços de terceiros no caso de financiamento de veículos). “Se o CET for abaixo de 10%, eu não quitaria o financiamento. Se for maior, daí vale quitar ou abater. Atualmente é possível encontrar aplicações financeiras que vão dar mais de 10% ao ano de rentabilidade”, explica fundador da Academia do Dinheiro, Mauro Calil.

O profissional ensina que um dinheiro poupado pode ser usado de duas formas no financiamento: para reduzir o prazo de pagamento ou diminuir o valor da parcela. “Se o orçamento está apertado, o melhor é reduzir a mensalidade”, sugere. Outra questão que deve ser avaliada é em relação à empregabilidade. “Será que essa pessoa corre o risco de perder o emprego amanhã? Se a empregabilidade for baixa, vale pagar a conta. Se a empregabilidade é alta, eu sugiro manter o financiamento”, completa.

O financiamento imobiliário é uma modalidade que não possibilita desconto na quitação ou amortização e possui as melhores taxas de juros do mercado comparado à maioria das opções de crédito devido à garantia real. “Quando o cliente antecipa o pagamento ele deixa de pagar os juros, taxas e seguro das prestações vincendas. O saldo devedor demonstrado para o dia já está livre  de juros, taxas e seguro das prestações futuras”, finaliza Gilson.

 

Fonte: Revista Zap

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